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quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Rio de Janeiro: Atelier de Visualidades Insurgentes

C o m u n i c a d o:
Escola Autogestionada de Imagem!

O A.V.I. (Atelier de Visualidades Insurgentes) surge na intenção de compartilharmos experiências com imagens (ver/fazer/reciclar – fotografia, vídeo, cartaz, cinema, etc.), pensamos nos usos dessas linguagens para expressar o cotidiano de forma revolucionária.

Convidamos todxs que queiram participar e construir os encontros com trocas de ideias, projeções, prática de campo, etc. Onde aprenderemos produção de imagem e informação. Ao final, em Dezembro, teremos a materialização dos projetos germinados pelxs partipantes.

Aula inaugural: 13 de Outubro.

Segundas e sextas, das 13h30 às 16h30, no Prédio do Relógio, Rua Visconde de Niterói, 354, Mangueira, Rio de Janeiro.

Assistam a chamada:
https://www.youtube.com/watch?v=aOVT1AOO4hM

Mais infos:
visualidadesinsurgentes.noblogs.org

agência de notícias anarquistas-ana
Sempre perseguido
o grilo fica tranqüilo
cantando escondido.
Luiz Bacellar

2 comentários:

  1. “Por que estamos lutando” é uma proposta para uma vídeo-propaganda. Um curta-metragem que combinará música, prosa e imagens, buscando colocar representações chamativas da luta anarquista para compartilhá-las com milhões de pessoas ao redor do mundo, através de meios de difusão audiovisual ou nos lugares onde vivem, fazendo com que se conheçam os contextos históricos e pessoais que motivam essa luta. A ideia é criar um material que possa ser propagado de forma anônima através da Internet, ou compartilhado através de meios de comunicação social, ou apresentado nas ruas como parte da projeção de filmes anarquistas, um testemunho que pode chegar a um grande número de pessoas, desafiando a superficialidade e a passividade que impera no âmbito audiovisual.

    Do Norte à América do Sul, Europa, Oceania, e cada vez em mais zonas da Ásia e África, xs anarquistas estão ganhando visibilidade como participantes influentes e controversxs das rebeliões sociais que se dirigem contra a ordem capitalista. Fiéis a seu propósito, os meios de comunicação do poder tem se esforçado para colocar estas lutas na narrativa que lhes interessa, onde xs anarquistas são reduzidxs a imagens e estereótipos, desfigurando nossas histórias e a complexidade de nossos desejos, que se colocam em uma entre duas categorias: o tópico dxs mascaradxs violentxs, dxs desenfreadxs por pura vocação, dx parasita urbanx que deve ser controladx pelo bem da cidadania; ou o clichê dxs anarquistas que criam cooperativas, fazem arte e doam coisas motivadxs por um sentido de caridade, perfeitamente assimiláveis às iniciativas por um capitalismo reformado.

    Até o momento, a propaganda anarquista não tem sido concebida para a tarefa de desacreditar estas narrativas e impedir que tal recuperação midiática tenha lugar. Em alguns lugares, temos melhorado nossas práticas de debate público ou para explicar nossas ações as transeuntes, mas nossa presença ainda é escassa. Temos uma grande quantidade de literatura que mostra a profundidade de nossas ideias, nossa prática e nossa história, mas não é suficiente. Embora sua distribuição tenha crescido admiravelmente, estes livros ainda não estão facilmente disponíveis em muitos lugares, e o capitalismo espetacular se dedica a uma investida muito efetiva para a anulação mental, deixando por sua vez gerações de pessoas praticamente em coma, embrutecidxs demais para ler uma página completa. E, por desgraça, a literatura oral anarquista está muito pouco desenvolvida, seja para a agitação de rua, a discussão com pessoas estranhas, ou para as destrezas dxs contadorxs de histórias, habilidades que se perderam bastante entre xs tímidxs e pouco sociáveis anarquistas de hoje.

    “Por que estamos lutando” é uma tentativa de preencher essa deficiência, pelo menos de forma temporal enquanto desenvolvemos medidas melhores. É um esforço de apresentar explicações claras de por que anarquistas existem e as razões de nossa ação; ali queremos assinalar o caminho para conhecermos melhor quem se interessa em nossas lutas, nossas ideias, nossa literatura; e, como mínimo, para introduzir ao resto contra as mentiras que os meios massivos de difusão constantemente apresentam nossas ações como “interrupções da paz social carentes de sentido”.

    Nesta conjuntura, há práticas ácratas que tem se estendido de forma viral, muito mais rápido do que nossas ideias e nossas visões de luta. Ao separar nosso rechaço a toda autoridade hierárquica, esses recursos anarquistas – desde o “black bloc” à assembleia aberta e apartidária – podem ser recuperados para fins autoritários. Temos que fazer um esforço extra para impulsionar decisivamente a mais radical das críticas libertárias, para humanizarmos a nós mesmxs contra as representações simplificadoras dos meios de comunicação do poder, para voltar a conectar as práticas anarquistas individuais com uma história da luta total e convidar para um novo encontro nas ruas.

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  2. O que estamos buscando?

    Escrita: Textos curtos, bem escritos (50-500 palavras) que contem a história de por que decidiu lutar, por que se arrisca, por que faz coisas que outras pessoas poderiam considerar chocantes ou incompreensíveis; histórias sobre a origen desta luta; visões do que pretende: um mundo sem hierarquias e uma luta sem intermediários. A escrita pode ser poética e emotiva, ou precisa, concreta e detalhada, mas não envie o habitual catecismo de palavras da moda que não tem nenhum significado para as pessoas que não leram os mesmos livros que você, nem o típico panfleto cheio de slogans, que se remete a elevados conceitos cujo sentido específico em nosso dia a dia não é claro.

    Vozes: Pessoas que tenham leituras boas e dramáticas de textos escritos, que sejam gravados. Obviamente devem estar de acordo com que sua voz seja difundida via Internet.

    Música: As músicas para a trilha sonora devem poder ser utilizadas sem problemas de Copyright, de preferência interpretadas por músicxs radicais.

    Imagens: Videoclipes de levantes, revoltas, rebeliões e movimentos sociais de todo o mundo. Queremos clipes de eventos onde tenha havido significativa participação anarquista (Veja: a ideia não é menosprezar outras lutas, nem tampouco apresentar toda a violência urbana ou rebelião social como conectada a anarquistas). De nenhuma forma queremos produzir um “pornô” de barricadas: também queremos imagens de assembleias abertas, debates em parques e praças, ocupação de prédios, comidas comunitárias, centros sociais, e tudo o que pensamos ser importante e esteja ligado ao âmbito anarquista pelas pessoas alheias a nosso meio ativista.

    Traduções: Sem querer antecipar demais, mas desejamos que o vídeo tenha versões em outros idiomas (castelhano, francês, russo, árabe e português seria genial, e mais línguas se houver companheirxs dispostxs). Queremos que seja dublado ao invés de legendado, o que significa que as versões traduzidas também terão que ser faladas com fluidez e boas vozes.

    Distribuição: Quantos itens de propaganda anarquista, de livros a documentários, são feitos com dedicação, habilidade e esforço, com excelentes resultados, só para terminar acumulando pó? Necessitamos de pessoas que se coordenem com a gente para levar este vídeo às mãos e telas das pessoas que nunca antes cruzaram caminho com anarquistas; gente que pense formas inteligentes de distribuição e publicidade; gente que vá às ruas, organizando exibições em lugares públicos como uma forma de interromper a normalidade capitalista e também chegar a pessoas que não tem o hábito de ir a eventos em nossos centros sociais.

    Nos escreva por favor [de preferência em inglês] antes de 31 de dezembro para dizer o que pode oferecer, e estaremos de acordo.

    Solidariedade,

    submedia.tv

    Tradução > Anarcopunk.org

    agência de notícias anarquistas-ana

    Pétala a pétala
    com delícia se desfolha
    a alcachofra.

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