Pretende reunir pesquisadores que estudam as múltiplas relações entre Antropologia & Cinema. Em um mundo cada vez mais constituído por fluxos e contrafluxos de narrativas audiovisuais, propõe-se não apenas discutir os enunciados antropológicos de um cinema etnográfico ou de uma antropologia fílmica, mas também o desafio enfrentado pelos antropólogos de empreender uma Antropologia do Cinema.
Depois de filmar durante dois anos imagens de chuva, Joris Ivens completou em
1929 Regen, um poema cinematográfico sobre o inicio e o fim de uma garoa em Amsterdã que é frequentemente comparado com Berlin,
sinfonia de uma grande cidade, de Walter Ruttmann, e Manhatta de Paul
Strand e Charles Sheeler.
Esteticista e experimental em partes iguais, o filme é um claro reflexo da influência no cinema dos
movimentos da arte de vanguarda.
Confira:
Música: Hanns Eisler (Vierzehn Arten den Regen zu beschreiben; Divertimento Op. 4)
Notícia tri a fu...: Parabéns por fazer parte deste Bonde Gugão!!!!
Febre de Rato, Cláudio Assis. (Brasil, 2012)
Mestrado interdisciplinar em Cinema será ofertado na UFS
É o primeiromestrado com essecarátercriado no país
A Capes aprovou com nota 4 a propostadaUniversidade Federal de Sergipe paracriação de um MestradoInterdisciplinar de Cinema e NarrativasSociais. O novo programa de Pós-GraduaçãoStrictuSensutemcaráterinédito no Brasil: é a primeiravezque um programa de Pós-Graduaçãosobreessatemática, e com caráterinterdisciplinar, écriado no país.
O cinema éumaáreaessencialmenteinterdisciplinar e a UFSpossuihoje, em seucorpodocente, diversosprofessores e pesquisadoresqueatuamnaárea de cinema. A instituiçãoconta, além do curso de graduação em Audiovisual, do Departamento de Comunicação Social (Dcos), com projetos de extensãosobreessaárea.
Fazemparte do projeto 15 professoresdaUFS de áreascomoComunicação, Design, ArtesVisuais, Filosofia, Letras, Educação, EducaçãoFísica, Psicologia,Antropologia, CiênciasdaReligião, Teatro e Biologia. Háainda um professor colaboradordaUniversidade Federal do Recôncavoda Bahia (UFRB) quepesquisa a relaçãoentre cinema e música.
De acordo com a coordenadoradaproposta, a professora de Audiovisual, Ana Ângela, esteé o primeiromestradonaárea de artesdauniversidade. “Jácomeçamos com o pédireito, com uma nota 4 da Capes. ÉtambémmaisumarealizaçãodaUFSnaáreaInterdisciplinar, queé a quemaiscrescehojedentroda Capes”, comenta a docentequetambéméresponsávelpeloprojeto de extensão Cine MaisUFS, quefuncionadesde 2010 no campus de SãoCristóvão.
O mestradoévoltadoparaosgraduadosdasmaisdiversasáreascujosestudosmantenhamdiálogodireto com o cinema. Nessesentido, seupúblico-alvonão se limitaaosestudantesdasáreas de Comunicação, Audiovisual e Cinema. Egressos de todososcursos de sociais e humanas, além de algunscursos dasaúde, comoBiologia, podemapresentarprojetonaseleção.
A área de concentraçãoéCinema e narrativassociais. Compreende, comoexplica o próprioprojeto, “áreas, campos e disciplinas de estudo e de ações, cujosobjetos e temasinvestigativostocam e sãotocadospelo cinema em suanaturezainterdisciplinar”.
O mestradoterá, a princípio, duasgrandeslinhas de pesquisa: (1) Cinema, linguagem e relaçõesestéticas e (2) Cinema e narrativas do contemporâneo. O processo de seleçãoaindanãoestámarcado.
O projetoéfrutodaconstrução de umaaçãointegrada do Núcleo de Pós-GraduaçãoInterdisciplinar de
Cinema (NPGCINE) daUFS. O Núcleoécompostopor:
Adriana DantasNogueira – Departamento de Artes e Design
Ana ÂngelaFarias Gomes – Departamento de Comunicação
Carlos CezarMascarenhas de Souza – Núcleo de Teatro
Carlos Eduardo Japiassú de Queiroz – Departamento de Letras Claudiene Santos – Departamento de Biologia FábioZoboli – Departamento de EducaçãoFísica HamilcarSilveiraDantasJr. – Departamento de EducaçãoFísica
Joe MarçalGonçalves dos Santos – Núcleo de CiênciasdaReligião Lilian Cristina MonteiroFrança – Departamento de Comunicação LuísAmérico Silva Bonfim – Departamento de Artes e Design Luiz Gustavo Pereira de Souza Correia – Departamento de CiênciasSociais
Marcos Ribeiro de melo – Departamento de Psicologia
Maria Beatriz Colucci – Departamento de Comunicação RanatoIzidoroda Silva – Departamento de EducaçãoFísica
Romero Jr. Venânciosilva – Departamento de Filosofia
agradeço a indicação de Ana Beatriz Ramos de Souza
Confira um dos clássicos da nova cinematografia indígena...
“Pisa ligeiro/ Pisa ligeiro/ Quem não pode com formiga/ não assanha o formigueiro”.
A música é cantada durante o que deve ter sido o último trecho filmado
do documentário, em maio de 2003. Em Pesqueira, Pernambuco, os Xucuru
cantam enquanto homenageiam o Cacique Chicão, na passagem do décimo
aniversário de seu assassinato. Nos depoimentos que vão de 1999 a 2003,
sendo que a maioria tomada Brasil afora ao longo de 2002, não é a única
morte recordada. Ou anunciada.
Ao
longo do filme, rostos que lembram os índios dos livros de História do
Brasil, rostos essencialmente negros, rostos predominantemente andinos falam de derrotas e conquistas. Denunciam que, 15 anos antes, a questão
indígena era considerada algo que se resolveria com o tempo, até que
todos sumissem. Narram orgulhosos como, em lugar disso, esses 15 anos
serviram para que não só crescessem em número, como se tornassem atores
políticos no cenário brasileiro. Afirmam, conscientes de seu papel, que
ONGs, academias e governos podem estar ao lado deles; jamais falar por
eles. Misturam revolta, indignação e esperança em sua falas e atos, na
expectativa de que em breve os territórios ainda em litígio estivessedemarcados e garantidos.
Infelizmente sabemos que isso está hoje talvez mais longe de se tornar realidade que em 2002.
Produção
do LACED junto à COIAB, APOINME, CIR, CGTT, CIVAJA, FOIRN, CUNPIR e
UNI-ACRE, “Pisa ligeiro” teve direção de Bruno Pacheco de Oliveira e
roteiro de João Pacheco de Oliveira. A dica para vê-lo foi
compartilhada por Lúcia Carneiro, que merece os agradecimentos de todas
as pessoas que não o conheciam. É sem dúvida um documento histórico,
rico e amorosamente realizado, fundamental para quem se interessa pela
luta dos Povos Indígenas.
Em 60 anos de carreira e mais de 100 filmes, o
trajeto de Jean-Luc Godard constitui o esforço mais tenaz, consequente e influente
de todo o cinema moderno para redefinir as bases da representação
cinematográfica do mundo, cujo horizonte ele nunca abandonou. Organizado
conjuntamente pela Universidade
de São Paulo (Programa de Pós-Graduação em Meios e Processos Audiovisuais e
Departamento de Cinema, Rádio e Televisão, CTR/ECA-USP) e pela Université de la
Sorbonne Nouvelle – Paris 3 (Institut de Recherche sur le Cinéma et
l’Audiovisuel, IRCAV),
por ocasião de uma retrospectiva integral do cineasta realizada no Brasil pelo Centro Cultural Banco do Brasil,pelo SESC e pela Heco Produções, nosso
colóquio internacional explora algumas facetas deste esforço, rediscutindo os
modos pelos quais seus filmes figuram a política, os corpos, o pensamento e a
História, assim como as formas que eles inventaram para fazê-lo.
Realização:
Programa de Pós-Graduação em
Meios e Processos Audiovisuais e Departamento de Cinema, Rádio e
Televisão da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo
(PPGMPA e CTR/ECA-USP)
Institut de Recherche sur le Cinéma et
l’Audiovisuel de l’Université de la Sorbonne Nouvelle – Paris 3 (IRCAV - Paris
III)
Concepção
geral :
Mateus Araujo
(CTR/ECA-USP) e Michel Marie (IRCAV, Paris 3)
Comitê de
Organização :
Rubens
Machado Jr. (PPGMPA/ECA-USP), Henri
Arraes Gervaiseau (PPGMPA /ECA-USP), Eduardo
Santos Mendes (CTR/ECA-USP).
Local
Auditório B, Prédio do CTR.
Av. Lúcio Martins Rodrigues, 443. Cidade Universitária. SP
Participantes
(em ordem alfabética):
Cecília Mello, CTR/ECA-USP
Céline Scemama, Université Paris 1
César Guimarães, UFMG
Cristian
Borges, CTR/ECA-USP
Emmanuel Siety, IRCAV Paris 3
Henri Gervaiseau, CTR/ECA-USP
Ismail Xavier, CTR/ECA-USP
Mateus Araujo, CTR/ECA-USP
Michael Witt, University
of Roehampton (UK)
Michel Marie, IRCAV Paris 3
Pedro
Maciel Guimarães, IA-UNICAMP
Térésa Faucon, IRCAV Paris 3
Segunda-feira
30/11, manhã :
9:30 Abertura
Saudação aos Convidados por
Eduardo Santos Mendes (Vice-Chefe do CTR/ECA-USP) e por Rubens Machado Jr.
(Coordenador do PPGMPA/ECA-USP).
Introdução do Colóquio : Mateus Araújo e Michel Marie
10 :00-12 :30
Mesa 1 : Políticas da forma
10 :00
Michel Marie (Univ. Paris 3) : O percurso político de Godard, do Petit soldat (1960) a Tout va bien (1972)
10 :30
Cecília Mello (ECA-USP) : De Vivre sa vie
(1962) a Up the Junction
(1965) : ecos de Godard no jovem Ken Loach
11 :00
Pedro Maciel Guimarães (UNICAMP) : O ator godardiano, a máquina e a máscara
11 :30
– 12 :30 Debate
Segunda-feira
30/11, tarde :
14:30-17:00 Mesa
2 : A fábrica do pensamento
14 :30
Mateus Araujo (ECA-USP) : A representação do pensamento em Godard
15 :00 Térésa Faucon (Univ. Paris 3) : Prática
godardiana do insert
15 :30
Ismaïl Xavier (ECA-USP) : O pensamento do instante em Godard
16 :00
– 17 :00 Debate
17:45 Exibição : Sauve la
vie (qui peut) [Godard, 1981], apresentado por Michael Witt
Terça-feira
1/12, manhã :
10:00-12:30 Mesa
3 : Os corpos e os gestos
10 :00
Emmanuel Siety (Univ. Paris 3) : Godard pelos gestos
10 :30 Cristian Borges (ECA-USP) : Godard e a
dança
11:00 Michael Witt (Univ.
Roehampton) : Ralentar, acelerar - o corpo e o gesto em Sauve la vie (qui peut)
(1981).
11 :30
– 12 :30 Debate
Terça-feira
1/12, tarde :
14:30–17:00 Mesa
4: História(s) e lições de história
14 :30
Henri Gervaiseau (ECA-USP) : História de uma memória
15 :00
Céline Scémama (Univ. Paris 1) : Na escuridão do tempo, na escuridão do filme
15 :30
César Guimarães (UFMG) : As lições de imagem (e dos sons)
Morreu, na madrugada desta segunda-feira (16), aos 48 anos, o
professor da Faculdade de Comunicação (Facom) da Universidade Federal
da Bahia (Ufba) Mahomed Bamba. Marfinense, Bamba havia descoberto
recentemente um câncer devastador no fígado e foi acometido de uma
infecção generalizada ao internar-se para um procedimento médico no
Hospital da Bahia.
A doença foi descoberta após um exame de rotina, há cerca de três
meses. Porém, como ainda não havia a confirmação do câncer por parte dos
médicos, o plano de saúde não autorizou o início da quimioterapia antes
de uma biópsia, e Bamba precisou submeter-se ao procedimento.
De família francesa, Mahomed Bamba nasceu na Costa do Marfim, onde
graduou-se em Letras na Université Nationale d´Abidjan, em 1992. Após
escolher o Brasil como casa, concluiu o mestrado em Linguística Geral e
Semiótica pela Universidade de São Paulo (USP), instituição na qual
tornou-se doutor em Cinema e Estética do Audiovisual.
Em 2009, Bamba assumiu a vaga de professor adjunto na Facom. Há
quatro anos, ministrava a disciplina História do Cinema II, além de
fazer parte do Programa de Pós-graduação em Comunicação e Cultura
Contemporâneas (PósCom). Na Bahia, o marfinense passou também pela
Faculdade Dois de Julho, pela FIB e pela Universidade Estadual de Feira
de Santana (Uefs). Era também assíduo frequentador desde as primeiras reuniões anuais da Socine (Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual), nas qual nos brindava com lições de simpatia, bom humor e socializava seu amplo conhecimento sobre o cinema deste vasto continente, que tão pouco nos chega por aqui...
Em nota, a Facom lamentou a morte de Bamba. "É com imensa tristeza e
pesar que informamos o falecimento do nosso querido colega Mahomed
Bamba. Ele tinha feito um procedimento cirúrgico por conta de neoplasia
maligna detectada no fígado. Bamba tinha 48 anos e integrava o corpo
docente da Faculdade de Comunicação desde 2009, ensinando na área de
concentração em Cinema e Audiovisual. Era também professor e pesquisador
do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas da
FACOM. A Faculdade de Comunicação suspende todas as suas atividades
nesta segunda e terça-feira (16 e 17 de novembro) em luto pelo nosso
estimado colega e amigo", afirmou. O enterro de Bamba foi realizado hoje,
terça-feira (17), no cemitério Jardim da Saudade, Capela F, 10h30.
Criativo, acessível, generoso... o Bamba era bamba!
Dentre sua vasta produção destacamos o capítulo 10 do livro Cinema Mundial Contemporâneo: O(s) Cinema(s) Africano(s): no singular e no plural.
Uma mensagem de consciência sobre a importância da água: Esta seca a terra Sedento o monte Não se vê nem uma nuvem No Horizonte No pasto esgotado Se morrem as flores Beija-flor não tem néctar Para seus filhotes Vêem chuva vêem, vêem... Diz-me Pachamama Que devo fazer Meus dois passarozinhos Têm muita sede A penetramos responde Voa para o mar Adeus meus filhotes Volte logo mamãe Vêem chuva vêem, vêem... Sai uma orca Do profundo mar Com água doce Uma Cuba vai encher Beija-flor com a água Voa para o seu lar Sem saber que a continha Uma nuvem do mar Vêem chuva vêem, vêem... Por fim a mãe Chega até o ninho Onde agonizam Seus filhotes Não lhe falta forças Para levantar A Cuba de barro Que tem trazido do mar Vêem chuva vêem, vêem... Um idoso labriego Quer ajudar Pero lhe treme a mão E derrama a água Beija-flor esgotado Morta de sede Sua cabecinha Deixa cair Vêem chuva vêem, vêem... Nesse momento A nuvem do mar Cheia de água Começa a chorar Bebe a terra Abrem-se as flores Bebe da mãe E seus filhotes Vêem chuva vêem, vêem... Vêem chuva vêem, vêem... Colaboração vocal do musico chileno Daniel Riveros, mais conhecido como Gepe, da série de animação "Tikitiklip" de Tvn.
SABIDURIA PARA NUESTR@S HIJ@S: L@S APUS TE PROTEGERAN
Un mensaje de conciencia sobre la importancia del agua
Esta seca la tierra
sediento el monte
no se ve ni una nube
en el horizonte
en el pasto agotado
se mueren las flores
colibrí no haya néctar
para sus pichones
Ven lluvia ven, ven…
Dime Pachamama
que debo hacer
mis dos pajaritos
tienen mucha sed
la diosa responde
vuela hacia el mar
adiós mis pichones
ya vuelve mamá
Ven lluvia ven,ven…
Sale una orca
del profundo mar
con agua dulce
una vasija llenará
colibrí con el agua
vuela hacia su hogar
sin saber que la sigue
una nube del mar
Ven lluvia ven, ven…
Por fin la mamá
llega hasta el nido
donde agonizan
sus pichoncitos
no le queda fuerzas
para levantar
la vasija de barro
que ha traido del mar
Ven lluvia ven, ven…
Un anciano labriego
quiere ayudar
mas le tiembla la mano
y derrama el agua
colibrí agotado
muerta de sed
su cabecita
deja caer
Ven lluvia ven,ven…
En ese instante
la nube del mar
llena de agua
empieza a llorar
bebe la tierra
se abren las flores
bebe la madre
y sus pichones
Ven lluvia ven, ven…
Ven lluvia ven, ven...
Colaboracion vocal de el musico chileno Daniel Riveros, mas conocido
como Gepe, para la serie de animacion "Tikitiklip" de TVN .
[Uma
genealogia e uma cartografia das relações entre a história das ideias
anarquistas e o cinema. Uma série de entrevistas com A. Gatti, M.
Lemaitre, H. Chatelain, J. Rollin, R. Lethem, etc., completa a obra.]
Os participantes dessa obra, entre os quais inúmeros cineastas e
artistas plásticos, exploram o “corpus” desconhecido dos filmes cujo
tema foram asideias libertárias, desde a luta armada até as ideias da
não-violência.
Descreve a diversidade de práticas criadas pelos
diretores engajados; as formas específicas nascidas de filmes que
reivindicavam ação concreta, sejam de ordem revolucionária, pedagógica
ou simplesmente emancipatória; o poder dos deslocamentos, de destruição e
de proposição teórica dinamizadas pelo espírito anarquista.
Coloca em
circulação documentos raros ou inéditos relacionados à história do
cinema libertário e a palavra de algumas de suas figuras por meio de
seus criadores e entusiastas.
Cinémas libertaires: Au service des forces de transgression et de révolte
Editora Presses Universitaires du Septentrion
Editado por Nicole Brenez, Isabelle Marinone
Preço: 28,00 euros
Número de páginas: 412
Fonte: septentrion.com/fr/livre/?GCOI=27574100106580