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segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Terra Vermelha, Mauro Bechis (Brasil/Itália, 2008)




Terra Vermelha de sangue e vergonha: suicídios, mortes e sofrimento continuam com os primeiros habitantes deste solo.

Em 10 de junho de 2012, Felipe Milanez avisava no Twitter que o líder Guarani Ambrósio Vilhalva estava ameaçado de morte no Mato Grosso do Sul: http://bit.ly/1eQBmZs. Hoje, a assembleia Aty Guasu informou que Ambrósio Vilhalva, liderança queridíssima entre o povo Guarani e ator no filme Terra Vermelha, acaba de ser assassinado. Acontece sempre assim: os latifundiários anunciam, ameaçam, avisam. Nós denunciamos com antecedência, damos nomes, locais, situação da terra. Os governos não fazem absolutamente nada, a não ser cortejar esses mesmos latifundiários criminosos. E prossegue o genocídio...

mais infos: http://www.cartacapital.com.br/sociedade/lider-de-acampamento-guarani-kaiowa-e-assassinado-1838.html 

 
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4 comentários:

  1. DESCOBERTA A VERDADE: PISTOLEIROS A MANDO DE RURALISTAS DO MS MATARAM O LÍDER GUARANI KAIOWÁ AMBRÓSIO VILHALVA QUEM MANDOU MATAR AMBRÓSIO VILHALVA? Informe de Aty Guasu: Relatos da esposa e filhos (as) da liderança Guarani e Kaiowá Ambrósio Vilhalva Por CombateRacismoAmbiental, 06/12/2013 10:47 Aty Guasu informa que no dia 05 de dezembro de 2013 uma comissão da Aty Guasu registrou os relatos da esposa e filhos (as) da liderança Guarani e Kaiowá Ambrósio Vilhalva. Parte do resultado da investigação da Polícia Civil evidencia que os assassinos do Ambrósio não foram os indígenas. Justiça liberou o sogro de Ambrosio. Os suspeitos indígenas provaram para justiça que assassinos não são indígenas. Assim, o mistério e as perguntas permanecem no ar. QUEM MATOU O LÍDER AMBRÓSIO? Importa destacar que a viúva do Ambrósio assume a liderança de frente do tekohá Guyra Roka-Caarapó-MS. Ela declara que vai continuar a luta do Ambrósio pela demarcação da terra indígena Guyra Roka. “Eu lutei arduamente do lado de meu esposo Ambrósio e com os meus filhos (as) há mais de 30 anos.” “Meu esposo foi morto por lutar pela demarcação das terras tradicionais”. “A luta e o sonho de meu marido Ambrósio é somente a recuperação do nosso tekohá para as crianças”. “Por que mataram o meu marido?”. “Ele nunca fez coisa errada”, “somente um homem sofrido e lutava pela bem viver de nossa família e comunidade”. “Mataram covardemente meu esposo, eu fiquei com os meus filhos e minhas filhas”. “Vou levar para frente a nossa luta pela demarcação de nossa terra Guyraroka”. “No final de mês de novembro, quando o meu esposo Ambrósio recebeu a ameaça de morte na estrada, ele falou para mim”, “se eu for morto você continue lutando pela terra é para nossos filhos e para povo Guarani e Kaiowá”. Relembra a viúva. Assim, a viúva assume a liderança da comunidade Guyra Roka. Ela revela que seu esposo estava sofrendo constantemente a ameaça de morte por lutar pela demarcação de terra, e por denunciar a plantação de cana de açúcar; ela reproduz a narração do Ambrósio que contou para ela: “os dois homens me cercaram na estrada, ali na encruzilhada das fazendas e prometeram que logo vão me matar”. É importante destacar que no final de mês de novembro de 2013, o líder Ambrósio foi abordado na estrada e recebeu a ameaça de morte, afirma a viúva. A viúva relembra que no dia 01 de dezembro, à noite por volta das 19 horas, o Ambrósio viu mais de dois homens mascarados e estranhos passando com pressa perto de nossas barracas, pela trilha. “Antes de atacar, ferir e esfaquear o meu esposo Ambrósio, ele contou e garantiu para mim que ele viu mais de dois homens perto de nossa barraca”, recorda a viúva. Continua...

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  2. “Achei que fossem os meus parentes que estavam passando por ai, mas depois entendi que eram homens desconhecidos sim”. “Já por volta das 20:30, antes da chegada de temporal e chuva forte, o Ambrósio falou me que vai verificar rapidinho um movimento estranho e vozes que havia escutado na entrada de nossa barraca”. “Ele pegou bicicleta e saiu sozinho para verificar o barulho das pessoas que estava na entrada do acampamento”. “Depois de 20 minutos eu ouvi uma voz e grito meio desesperada na estrada perto da nossa barraca, nesse momento também começou a cair chuva, relâmpago e ventania”. “Saí da barraca, com a luz de relâmpago vi grupo de homens em círculo que parecia que estava se abraçando”. “Não imaginei que fossem os assassinos de meu esposo”. “Quase fui vê-los”, “mas por causa da chuva forte e retornei ao interior de nossa barraca”. “Passados mais ou menos 10 (dez) minutos, o Ambrósio com pressa entrou na barraca e se segurou na parede da barraca”. “ eu sem ver o ferimento e sem saber do ataque ao Ambrósio, deitada na cama, perguntei a ele quem seria os homens que estavam na estrada no meio da chuva”. “Diante disso, ele tentou falar, mas já estava sem voz e caiu no chão, sem mais falar comigo”. “Ele não conseguiu contar quem estava na estrada, nem contou quem foi o autor ou autores do crime”. “ levantei da cama e acendi o fósforo e lamparina no momento que vi o sangue no rosto e no pescoço do Ambrósio, muito assustado, gritei, gritei, acordei os meus filhos (as), minhas irmãs, eles (as) acordaram e observamos que o meu esposo já estava sem vida”. “Gritamos e gritamos pedindo socorro enquanto isso chuva continuava”. “No meio da chuva tentamos fazer ligação para equipe da Saúde Indígena da SESAI, FUNAI, Polícia que estão localizadas mais de 40 km, mas não conseguimos nos comunicar com ninguém”. “Somente às 6 horas da manhã, comunicamos à SESAI que foi e chegou à área com a polícia civil”. Diante desse fato acontecido, todos assustados, apavorados os parentes do Ambrósio começaram indicar os suspeitos que seriam supostamente os indígenas, por isso Polícia Civil começou a deter e encaminhar os indígenas (até o sogro do Ambrósio) suspeitos indicados à delegacia, mas três dias depois de investigação policiais, ficam evidentes que os assassinos do Ambrósio não foram os indígenas do acampamento Guyra Roka. Todos os indígenas suspeitos detidos provaram aos investigadores policiais e à justiça que não foram os indígenas. No momento do assassinato do Ambrósio, os seus parentes e seus companheiros de luta estavam em suas barracas. Assim a justiça liberou os indígenas suspeitos. Os indígenas detidos se encontram constrangidos, indignados e pedem que seja investigado e esclarecido o autor e mandante do crime e assassinato de líder Ambrósio Vilhalva. A viúva está com muito medo e preocupada com a segurança de suas famílias e comunidade, ela relatou que já passou a sofrer a nova ameaça de morte por assumir a liderança de frente, o lugar de seu esposo Ambrósio. “Há rumores por aqui que eu serei a próxima vitima de violência”. “Contaram para mim que logo eu serei assassinado de forma similar ao meu marido Ambrósio, quero contar para todos (as)”. “Os assassinos desconhecidos assassinaram o meu marido por causa de nossa luta pela terra”. “Fico eu, sou uma viúva guerreira Guarani e Kaiowá, com os meus filhos (as), vou continuar lutando pela demarcação do tekohá Guyra Roka, o meu esposo Ambrósio está comigo com certeza, sei disso e sua alma lutará sempre ao meu lado, a luta dele não morreu porque a luta de nosso povo Guarani e Kaiowá”. Esse é resumo dos relatos da viúva/esposa do líder Ambrósio Vilhalva. Diante dos relatos da viúva, nós lideranças da Aty Guasu solicitamos a investigação do assassinato do Ambrósio pela Polícia Federal, visto que Ambrósio foi morto na área em litígio. Aguardamos a posição das autoridades federais. Tekohá Guyra Roka, 05 de dezembro de 2013.

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  3. "Ainda vivemos o holocausto dos povos americanos"..."O Cinema n consegue resolver os problemas, mas traz uma certa luz a eles" afirma Luiz Bolognesi
    Autor do roteiro do filme "Terra Vermelha", comenta sobre a morte de Ambrosio Vilhalva, protagonista do longa e líder indígena.

    http://www.youtube.com/watch?v=-Q-5-vhO3_8&feature=youtu.be

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